Aquilo que me disseste tocou-me e foi muito importante para mim. Lembras-te quando cheguei ao pé de ti excitada porque a professora de F e o professor de A me fizeram um grande elogio. Um por causa da apresentação do trabalho que o professor adorou e outro porque fui a única aluna que conseguiu resolver um exercício. (Tu sabes como isso foi importante para mim.) Na altura não reagiste, depois chamaste-me e perguntaste: "E se o professor não tivesse gostado do trabalho? E se não conseguisses resolver o exercício? Como é que ficavas?" Eu fiquei sem respiração e deu-me uma enorme vontade de chorar, porque sei que ficava de rastos. Era como se o mundo desabasse. E o que mais me surpreende é que sabes porquê! Sabes que me entrego inteiramente a tudo o que faço e que avalio as minhas capacidades conforme o resultado e quiseste-me fazer ver que independentemente do resultado eu continuava a ter valor e tudo continuava na mesma. Chorei muito agarrada a ti porque me imaginei nessa situação e senti todos aqueles sentimentos de revolta e incapacidade. Mas também, porque senti como nunca o quanto estou errada. Também disseste “E os teus colegas como é que se sentiram porque não terem conseguido resolver o exercício?”. Nenhum deles passou mal por isso. Tenho de aprender a ser humilde a aceitar derrotas (isso é saber viver!) e não achar que tenho de estar sempre no topo para que me dêem valor. O mais importante, no fim daquele abraço fungado, foi saber que para ti não é importante que eu seja a melhor e continuas a dar o mesmo valor, quer eu tire um 10 ou 20. E, até me atrevo a dizer que era mais importante para ti que tivesse um 10! E isso dá-me uma grande, grande alegria! Quantas Mães querem que os filhos sejam os melhores e não lhes dão valor quando têm uma nota mais baixa e até se esforçaram? Tenho tanta sorte em ter-te como Mãe! Posso dizer com todo o orgulho que tenho a melhor Mãe do Mundo!!
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